O sineiro estava diante deles, capuz baixo, tentando esconder a enorme corcova.
Diziam:
"Esse é polígono mais torto que já foi desenhado".
"Isso em baixo do capuz, é a cara ou o traseiro?"
"Se for uma coisa, não quero ver a outra".
"Se esse é o filhote, fujamos da cria adulta".
"Se isso é o mais certo disso, fujamos do errado".
O sineiro não apreciava a poesia.
Era surdo.
sexta-feira, 29 de julho de 2005
Quasímodo
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