Parece que vêm até aqui e nos olham
como se estivéssemos fazendo alguma
mágica e então eles se perguntam de
que cartola nós tiramos tanta felicidade.
sexta-feira, 29 de julho de 2005
Mágica
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Marcha Mundial Pela Paz e a Não Violência
Quem sou eu
- Djair Guilherme
- Meu nome é Djair Guilherme e um dia eu fui um estudante de Artes Cênicas da USP que não sabia dançar. Saí de uma aula e fiquei deitado num banco de cimento na Praça do Relógio, olhando para a paisagem e pensando nessa dificuldade. Então me lembrei de um professor que dizia que o ator deveria ser uma folha em branco, uma máscara neutra. Internamente, eu entrei em desacordo com ele, mas era só uma pergunta se era mesmo possível que um homem, ator ou não, chegasse a um estado de folha em branco por processo ou acidente. Enquanto eu era absorvido por esses pensamentos intranquilos, vi o galho de uma árvore como se fosse o movimento daquela planta em direção ao sol. Vi a árvore inteira como uma coreografia daquele ser, em direção ao seu sentido, ao seu alimento e à sua possibilidade. Vi que aquela árvore chegaria a ser uma folha em branco se eu matasse a sua natureza e a processasse de mil formas. Mas a vida, a vida era aquela busca de sentido. Daquele dia em diante, nada mais me interessou.
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